Na 13ª rodada do Distanciamento Controlado, seis regiões permanecem em bandeira vermelha

por Juliana Scaravonatti publicado 04/08/2020 15h46, última modificação 04/08/2020 15h46
Gabinete de Crise aceitou seis pedidos de reconsideração em relação ao mapa preliminar, divulgado na sexta, dia 31


A 13ª rodada do modelo de Distanciamento Controlado traz, no mapa definitivo, seis regiões em bandeira vermelha. A divulgação foi feita pelo governador Eduardo Leite em transmissão pelas redes sociais na segunda-feira (3/8). As bandeiras ficam vigentes a partir da 0h desta terça (4/8) até as 23h59 da próxima segunda-feira (10/8).
Divulgado na sexta-feira (31/7), o mapa preliminar da 13ª rodada classificou 12 regiões como de alto risco epidemiológico. Depois de análise dos 34 pedidos de reconsideração enviados por municípios e associações, o Gabinete de Crise acatou o recurso de seis regiões, resultando em seis regiões com bandeira laranja (risco médio).

O mapa definitivo – com seis regiões em bandeira vermelha e 14 em laranja – com a classificação de todas as áreas e os respectivos protocolos recomendados podem ser acessados em https://distanciamentocontrolado.rs.gov.br.
O governo do Estado aceitou a reconsideração de Bagé, cujo pedido foi encaminhado pelo município para toda a região, e das associações regionais de Santo Ângelo, Santa Rosa, Palmeira das Missões, Pelotas e Caxias do Sul.
O Gabinete de Crise indeferiu os recursos apresentados pelas regiões de Passo Fundo, Novo Hamburgo e Lajeado, que permanecem em bandeira vermelha, por terem apresentado alto nível de ocupação dos leitos e de propagação do vírus.
Os três se somam a Taquara, Canoas e Porto Alegre, que já estavam em vermelho, e seus representantes não apresentaram pedido de reconsideração.

Regra 0-0

Depois da análise de recursos, o Estado ficou com 165 municípios sob bandeira vermelha, o que corresponde a 49,6% da população gaúcha (5.620.644 habitantes). Desse total, 65 municípios não tiveram registro de hospitalização e óbito por Covid-19 de morador nos 14 dias anteriores ao levantamento – equivalente a 2,7% da população gaúcha (302.153 habitantes).
As prefeituras dessas cidades se adequam à chamada Regra 0-0 e podem, portanto, adotar protocolos previstos na bandeira laranja por meio de regulamento próprio. Basta que mantenham atualizados os registros nos sistemas oficiais e adotem, por meio de decreto, regulamento próprio, com protocolos para as atividades previstas na bandeira laranja.

RECURSOS DEFERIDOS

REGIÕES (6)
• Santo Ângelo: percebe-se um patamar baixo de casos ativos em relação a casos recuperados e também um patamar ainda baixo de óbitos na região, sem grande evolução, e hospitalizações também em nível bastante baixo, se comparado a outros locais. A disponibilidade de leitos de 2,6 leitos livre para cada leito ocupado por pacientes com Covid-19 também foi um dos fatores para que Santo Ângelo permanecesse na bandeira laranja.
• Santa Rosa: redução no número de óbitos e melhoria de indicadores semelhantes ao que ocorreu na região de Santo Ângelo.
• Palmeira das Missões: embora se perceba um crescimento no número de hospitalizações, ao observar-se com relação ao número total de habitantes, ainda está abaixo de 10 internações hospitalares para cada 100 mil habitantes. Percebe-se, também, redução das internações na microrregião em leitos de UTIs, uma relativa estabilidade entre casos ativos e recuperados, e índice de óbitos também estabilizado.
• Pelotas: a região observou redução do número de hospitalizações, relativa estabilidade entre casos ativos e recuperados. Apesar do aumento expressivo de óbitos na região, a disponibilidade de leitos ainda é bastante expressiva – há 2,2 leitos disponíveis para cada leito de UTI ocupado.
• Bagé (pedido municipal para a região): a região ainda está em uma taxa de hospitalizações em 5,95 para cada 100 mil habitantes, apresentou redução na relação entre casos ativos e recuperados, e disponibiliza mais de dois leitos disponíveis para cada leito ocupado na macrorregião de Bagé.
• Caxias do Sul: a região apresentou melhoria expressiva e alcançou estabilização, embora seja em um patamar elevado. O número de hospitalizações não aumentou e houve pequena redução de hospitalizações em UTI, o número de óbitos também não apresentou crescimento expressivo, abaixo de 10, e a relação entre casos ativos e recuperados diminuiu.

MUNICÍPIOS (3)
• Tapera (região de Passo Fundo – paciente reside em Porto Alegre)
• Cristal (região de Pelotas – registro de hospitalização e contaminação nosocomial)
• Ivoti (região de Novo Hamburgo – registro de hospitalização)